A família segundo o plano de Deus
A família sempre esteve no plano de Deus para a humanidade,
ou seja, seus filhos criados a sua imagem e semelhança. Já no livro do Gênese
vemos a clareza com que Ele manifesta a sua vontade em relação com o homem e a
mulher, quando diz “Por isso o homem deixa o seu pai e sua mãe para unir à sua
mulher, e já não são mais que uma só carne” (Gênese 2, 24).
Apenas por esse motivo, para os que creem e, por conseguinte,
também para os nãos crentes por livre arbítrio, já temos a firme decisão de
Deus de formar família unindo homem e mulher em uma só carne, unidos, juntos a
ponto de afirmar serem apenas um, como afirma Nosso Senhor Jesus Cristo, “Eu e
o pai somos um” (
João 10, 30). E nesta forma perfeita de união que
temos que compreender o dom de ser família no plano de Deus.
Mas nosso Deus de amor e infinita bondade vai além, e
manifesta seu desejo de compartilhar com a família o dom da criação. Sendo
assim imprime na carne humana a graça de multiplicar e povoar a terra com seus
filhos, permitindo assim ao casal gerar filhos para Deus, realizar coparticipação
na criação quando diz: “Deus criou o homem a sua imagem, criou-o a imagem de Deus,
criou o homem e a mulher. Deus os abençoou: Frutificai, disse ele, e
multiplicai-vos, enchei a terra e submetei-a” (Gênese 1, 27-28).
E nesta graça foi que a
humanidade teve início, por vontade de Deus, na qual Adão e Eva se conheceram, uniram-se,
se amaram, se tornaram uma só carne e geraram os primeiros dois filhos. É linda
a expressão de Eva ao conceber e dar a luz a Caim dizendo: “Possui um homem com
a ajuda do Senhor” (Gênese 4, 1).
Portanto neste contexto podemos reafirmar o que ensina a
Santa mãe Igreja, que a união do homem e mulher junto com seus filhos forma ou
constituem uma família. Todos de iguais dignidades, responsabilidades, direitos
e deveres. Minha fé diz e vejo que não há outra forma de família senão essa a
qual nos ensina a palavra de Deus.
A atividade procriadora e educadora da família é o reflexo
da obra criadora do Pai. Neste solo sagrado devem-se manifestar as relações
afetivas, amor mútuo, respeito, carinho, dedicação, interesses comuns e por que
não pessoais de cada indivíduo alinhado a vontade de Deus. A família é um lugar
que se permite gerar sempre nova a origem da vida social.
É no seio familiar que aprendemos a cuidar e sermos
responsáveis uns pelos outros, quando aprendemos a cuidar dos membros a ela
vinculados por laço de sangue. Zelar pelos pais ou por irmãos mais velhos,
pelos enfermos, deficientes e pobres, estamos nos proporcionando momentos de
aprendizado que mais tarde será para toda a comunidade social além da fronteira
dos laços de sangue.
Neste sentido devemos motivar o cuidado e zelo por esse
modelo de origem da humanidade e ajudar e definir medidas sociais que favoreçam
e protejam de forma apropriada a estrutura da família. Afastando todo tipo de
pensamento, filosofia, ideologia que venha desintegrar o plano de Deus para o
modelo de família criado desde o principio.
Sendo a família um lugar privilegiado, dizemos com a Igreja
que ela é a primeira comunidade Cristã
de uma pessoa. Ao nascer neste solo sagrado à criança tem o direito de ser
amada, educada para uma vida em Deus. Essa educação mais tarde irá fazer-se
madura quando a pessoa se integra a grande família de Deus, manifestando
publicamente na Santa Mãe Igreja a vivência em comunidade fraterna com outros irmãos
pelo mesmo batismo.
Concluindo esta reflexão do plano de Deus, deixo uma frase
que está sendo utilizada como tema da semana da família deste ano em nossa
paróquia.
“Ter um lugar pra ir é lar. Ter alguém para amar é família.
Ter os dois é benção”.
Por: Fabiano Antunes Kürten
Coordenador de Formação Geral